Hoje eu vou pra fronteira.
Vou tirar foto com a ovelha.
Eu que nasci nesta cidade, não conheço a coitadinha.
Ou eu que sou coitadinha por ter nascido nesta cidade.
E não conhecer o interior.
E não dormir de porta aberta.
E não corri em campo aberto.
E não subi em árvore.
E amo cheiro de campo.
E amo cheiro de chuva.
E sonho tanto com a tal liberdade.
E ao mesmo tempo me sinto desprotegida fora das gaiolas dos apartamentos.
E acho cavalo tão alto.
E sonho com a casa de campo.
E sonho com o homem no campo.
E o homem do campo na casa de campo no interior.
E a casa de quatro paredes.
E a casa enorme.
E eu trouxe a foto da ovelha.
Eu e a ovelha.
A ovelha vai a pet shop?
Temperar a vida com sonhos de cidade em campo aberto. Campo aberto para sanar os devaneios da mente aberta.
quinta-feira, 20 de março de 2008
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