terça-feira, 13 de maio de 2008

Bomba.

E a grande roleta russa passou raspando por minha cabeça e estourou perto do meu ouvido e estou surda até agora e nem sei se era melhor ser surda a ter ouvido tamanho estrondo. Bate, na minha cabeça, como a bomba nuclear queimando os corpos, dissecando a carne, corroendo o couro, ardendo e cegando os olhos e acabando com qualquer sorriso.

Só não acaba com as esperanças de geminianas de dois lados bons, de uma lado que sonha e de outro lado que realiza sonhos. De geminiana que grita, mas de alegria ou de força de garra que manda - sim, mas que manda o outro parar de sofrer, se iludir, sair da solidão, sair da ilusão, da falta de fé, de alegria de emocão. Que é birrenta sim, mas de tanta manha, de tanto carinho, de tanta independência, de tanta dependência, de tanto calar e de tanto falar.

Duas - fazê o que?

É o opinar e nunca o apontar. Sou assim. Quero ser mais, quero ser e estar em pleno inferno astral, quero meu 30 de maio com fogos de artifício, mas só pra mim!!!

É só meu de de Joana - Joanna: Santa.

O resto: eu queimo na fogueira.

Temperar as chamas da vaidade.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

E quase.

Caminho rápido entre a lentidão dos minutos e a rapidez dos meses.


Olhei para o relógio e já é tarde da manhã, olhei pela janela é já é quase inverno.


E quase meio do ano e quase amo e quase me amas e quase sabes e quase olhas pro meu decote e quase tirou minha roupa e quase me beijou e quase me disse tudo que tinhas vontade e quase terminou tudo e quase começou nova história e quase começou outra história e quase trocou de carro e quase foi passear no parque e quase foi viajar e quase ligou para aquele amigo da cidade natal e quase foi para casa e quase deu certo e quase virou o suco e quase queimou a pizza e quase perdeu a hora e quase ligou e quase me chamou e quase me ligou e quase me ligou e quase me chamou e quase me ligou e quase me ligou e quase me ligou e quase me chamou e quase eu te disse e quase que eu te chamei e quase que eu te liguei e quase que vai ver o por do sol e quase que só pensa nela e quase que só pensa nele e quase que dá certo e quase.

E quase.

E quase.

Temperar a vida com enfim fim do quase.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Só faltou o mar.

Hoje mesmo ainda falei sobre os blogs que visitei e as palavras sábias que encontrei, mas nenhuma foram tão minhas como as que me apossei e transcrevo aqui, com a devida indicação da fonte e do autor.

Me sinto estranha, alheia ao tempo e preocupada com ele. Não sei explicar meus sentimentos ou não quero me expor assim ... de uma forma tão clara e nua e crua aqui, neste lugar público onde sou tão visceral. A espera pela borboleta só faz com que eu cuide do meu jardim.

Lá vai o blog alheio:

"Hoje estou num desses dias em que a gente acorda estranha, uma sensação de desânimo tomou conta de mim e o pensamento de que eu não estou conseguindo os resultados que eu gostaria.

Logo depois de enviar meu artigo traduzido para o Somos Todos Um e tomar um banho tentando me repor, passei pela porta que dá para o quintal (e o mar) e me surpreendi...Nossa! quantas borboletas sobrevoavam! Muitas!

Grupinhos de borboletas laranjas e outras brancas.

Me lembrei do meu pai e de uma conversa que a gente teve quando fui para Buenos Aires, onde ele lembrava com saudades a quantidade de borboletas que ele via quando era criança... e ainda falava empolgado, com os olhos brilhando assim: Nossa! Eram muitas! A gente saía a se divertir caçando borboletas! (achei lindo mas pensei... enfim, consciência ecológica não imperava por esses dias... rsrs).

Também me lembrei do ditado: "cuide do seu jardim e as borboletas virão até você".

E observando para este fato incomum, senti que este foi o sinal do Mestre de me alentar, de me falar que está tudo bem, que eu estou SIM cuidando do meu jardim e que assim devo continuar, sem pressa e sem pausa como bem fala minha mãe.

Pensei no quanto abençoada sou por estar viva e ter essa paisagem maravilhosa na minha frente todo dia. E em quanto sou grata por poder ter esse presente maravilhoso de Deus, as borboletas do meu jardim: minha família, meus amigos, meus amores e todos os seres e acontecimentos maravilhosos que têm sucedido ao longo da minha vida e que têm contribuído para ser quem eu sou.

Continuemos cuidando da nossa vida, dia após dia, sem pensar em resultados, sabendo que só nos cabe fazer bem nossa parte com amor e pureza no coração... O resto... Deus enviará no momento certo, assim como hoje me presenteou com as preciosas borboletas.

Silvana Partucci
silpartucci@terra.com.br

Temperar a vida com a vida - mesmo que dos outros.

Ócio.

É uma grande pretensão a minha imaginar que tenho algo para falar quando viajo nos blogs alheios e me deparo com grandes histórias de vida. Como esta ferramenta é bem utilizada. Como se aprende com a vida alheia.

Eu aprendo muito com os blogs de ilustres desconhecidos para mim, mas grandes celebridades em seu meio.

Hoje mesmo encontrei blogs recheados de conteúdos enigmáticos sobre a vida na China e a grande diferença cultural, praticamente um abismo sócio-cultural entre nós. Nem pior ou melhor - apenas diferente.


Encontrei também um blog sobre adolescentes falando sobre a dor do amor, meu Deus, como é amado e insuperavelmente impossível viver sem o amor vivido na adolescência - sinceramente: não sei como estou viva!


Outro grande achado foi como pescar, as diferenças de iscas, as dificuldades das cheias dos rios e os perigos exatamente quando estão raso. Pesca esportiva, mas eu penso que o peixe fica muito traumatizado.


Estive, também em um blog de um fotografo de Porto Alegre http://photogutemberg.blogspot.com/2008/03/livro-vida-palafita-grupo-35mm.html e achei bastante interessante, completo e com muitos links que complementam o conteúdo. Foi o primeiro blog sobre este assunto que entro. Muito interessante! Não sei avaliar o conteúdo, mas passei para quem sabe.


Bom aqui ... no ócio, tentando ter foco, mas temperando a vida com palavras fora do trabalho.
voltando.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O gato.

Não era exatamente assim?!
Divido o apartamento com uma amiga.
Minha amiga tem um gato.

Nunca estou só.
Só não sei se isto é bom.
Temperar a vida com o gato errado.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

On/Off

Tu não viestes comigo, mas o lugar é pra ti.
Ainda há mais lugar pra ti.
Esta tudo mais organizado dentro da desordem pra ti.
Tu ficas ai, parado, como se fosse irreal.
Existe, não é perfeito.
Existe e é perfeito pra mim.
Imperfeitamente humano.

Eu tinha tanto pra falar.
Eu tenho tanto pra te dizer.
E teimo.
Calo e creio que queres que eu diga.
Nem eu mais sei o que tu queres.
Como vou saber de ti se não sabemos de nós?
E sei tão pouco de mim.

As respostas não estão fora.
As perguntas estão dentro.
E as respostas?
Onde estão todos?
Eu não sei, mas o gato insiste em ir pra minha cama.
Outro gato.
O gato bicho.

Temperar a vida com saudade: on line e off line.