domingo, 14 de fevereiro de 2010

O silêncio fez bem, a história foi ouvida mais de mil vezes. Sei que ela é curta e que parecia disco arranhado pela brevidade da repetição, mas sua beleza não condiz com qualquer desconforto e sua repetição era aguardada: mil, dez mil vezes.

Nem um rádio ou tv foram ligados, apenas as palavras jogas ao vento e molhadas pela chuva, sem qualquer resposta. É aquele tempo, que a amiga Lilian explicou e já explicou, é aquele tempo que se respeito, mas não se entendo. É o tempo de estar só e deixar só! Solidão não cai bem, espera angustia, incertezas entristecem e duvidas enchem de dúvidas e culpas.

Estamos em constante ebulição, abolição e evolução.

Leitura de hoje:
"A Arte de Viver"
Ensaio 85744
Ramiro Sápiras
São Leopoldo/RS - Brasil, 69 anos

Temperar a vida sem mim, ti ou eles, mas sempre com nós!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

SOPA: de letrinhas ....

Os tolos e os fanáticos estão sempre seguros de si, mas os sábios são cheios de dúvidas: será que sou sábia?

Não sou santa e nem sei fazer cara de ... adooooooooooooooooooro: sempre que tenho oportunidade, sempre que tenho tempo, nem sempre que tenho vontade, nunca com quem eu quero. Quem disse que era perfeito? O imperfeito também me completa.

Não sobra tempo pra mais nada, ser feliz me consome: favor agendar horário com minha secretária, pois estou fora de área de cobertura e indisponível para receber chamadas. E sendo feliz e fazendo feliz e o que eu gosto (quando posso).

Ciumes faz parte de mim: se sinto por ti, tu existe pra mim!

Nunca do que foi será igual ao que foi um dia: tudo passa, tudo sempre ...passará!

Eu quero o que é invisível ao olhos, imperfeito pra o corpo, injusto com a alma: e não me contento com menos.!?

Não duvido da minha força e tão pouco da minha fé. Já movi montanhas e obtive vitórias sem armas contra exércitos. Paz na terra. Paz no céu e Paz de espírito!

Fui temperar meu sono.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pedras.


Nunca em toda a história do mundo e da Bahia houve maior verdade que "carregar pedras". Na minha história o "carregar pedras" significa a paciência que eu aprendi, ou melhor, fui obrigada a ter, desenvolver, construir, evoluir para continuar vivendo, respirando e sonhando. Nunca houve maior paciência sendo desenvolvida em uma pessoa ansiosa e descontroladamente fazendo e acontecendo.

A impressão que eu tenho é que me colocaram um freio. Tiraram minha tomada e levaram embora o manual de operações avançadas e delicadas. Antes eu mandava tudo longe, recomeçava mais facilmente que a escolha da minha roupa matinal. Agora vejo, pedra por pedra, castelos sendo construido, muros, fortes, fortalezas, grandes obras.

Somente desta forma estou me construindo também.
"Pedras No Meu Caminho Vou Construir Um Castelo."

O que eu mais gosto é saber o nome de cada uma. Gosto também de imaginar: qual destas pedras eu vou beijar e virar sapo? Ops ... príncipe? Ops ... lobo?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

MIM

PENSE EM MIM.
PENSE TUDO ERRADO.
MAS PENSE.

EU NÃO VIM FACILITAR.
NÃO VIM SOLUCIONAR.
MAS VIM.

NÃO QUERO EXTREMOS.
MUITO MENOS EXTREMISTAS.
MAS QUERO.

Cactos com Borboletas. Morango com Pimenta. Calcinha com Rendinha.


Não quero me ver assim e tão pouco me reencontrar em mim sem tu.

Eu quero apenas voar, como o balão de gás. Feliz e de mão dadas contigo. Nunca mais sentirei fome, nunca mais sentirei tua falta.

"Sou um balão de gás. Subirei muito alto e este é o meu destino, mas será uma subida lenta. Tenho que apreciar a vista, fazer amizade com os pássaros e aprender a brilhar como as estrelas. NF."

Eu que te idealizei por tantos anos, que sonhei em cada adormecer e em cada amanhecer surgia uma nova esperança. Uma nova vida, mais e melhor vivida. Você não conhece o meu pior, apenas me conhece inteira e verdadeira.

Tudo muito intenso.
Recebi um cactos quando pedi uma flor, recebi uma lagarta e pedi uma borboleta. Alguma coisa erra? Absolutamente nada!

Temperar a vida com ideias soltas e nada absolutas, pois tudo, absolutamente tudo ... é relativo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Grand` Hotel

Sua sensibilidade esta a flor da pele. Sua energia como um espelho refletindo as luzes e as sombras. Ela entrou correndo pela Capela, seu coração puro, sentimento verdadeiro, alma lavada e corpo nú.

Ela conseguia ver a lua pela cúpula, mas a lua não a via.

Seu único pensamento era aprender a voar como os pássaros. Seus joelhos estavam doendo por suplicar sua vontade e pedir que sua vontade não fosse apenas sua. Impossível? Claro que ela pode voar! Poderá. Ela deseja voar, não como as borboletas, desta vez, ela deseja voar como as águias.

Ama as borboletas, mas o tempo, somente o tempo - com mais tempo.

E pouco importa o que se fez antes, o que foi dito antes, o que foi inventado: pode-se viver um amor Grand' Hotel.

Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
Se não fizesse tudo tão depressa,
Se não tivesse exagerado a dose,
Podia ter vivido um grande amor.

Será preciso ficar só pra se viver?
Qual o segredo da felicidade?
Só pra se viver.

Ficar só
Só pra se viver...
Ficar só
Só pra se viver.

Mesmo sabendo que independe de sua vontade, ela deseja, reza, ora, pede, suplica missericórdia divina para aprender a voar. Do alto do penhasco é sua única alternativa ou a queda livre.

Confusa e desnorteada fica parada iluminada pelas chamas das velas na antiga e suja Capela. A Santa não se importa com suas vestes, como seu passado e muito menos com seus pedidos - apenas escuta de longe seus murmúrios.

Temperar a vida com a Chuva! Lava a alma e purifica o corpo.