Hoje precisei andar.
Não corri, apenas andei.
Andei no meio fio e no fio da navalha.
Onde o corte é fino e ardido, assim como o frio e a espera.
Fico me questionando e sou questionada quanto sou capaz de andar.
Não saber a resposta faz com que não queira mais ouvir as perguntas.
Não quero mais perguntas.
Só quero andar.
Só quero meu cálice e minha champanhe.
Comemorar a minha espera, nada tranquila e minha andança.
Comemorar a falta, o suor e minha longa estrada.
Preciso ficar só, mas sozinha eu não consigo, já dizia o Rogério.
E as noites estão mais longas e tudo mais vazio assim como a mesa de jantar.
E a caminhada progride, sem rumo, com objetivo.
As palavras estão desorientadas como os pensamentos.
As ruas estão em curvas como a minha vida.
As curvas estão fechadas como as portas.
As portas não me recebem assim como a fumaça.
A fumaça vira sinal de alta tecnologia.
A tecnologia não está no meu tempo.
E o tempo esta contra mim.
Chove muito.
Temperar a vida com um bom tênis, mas eu não gosto de tênis.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário