sexta-feira, 17 de abril de 2009

27de janeiro: EU FUI.

Faz muito tempo que não escrevo aqui. E isto se dá pelo complexo fato de não querer expor, pensar ou falar dos mais puros, claros e importantes sentimentos da minha vida.

Fui.
Aconteci.
Mesmo assim não aconteceu.

Tantos outros fatos aconteceram.
Tantas outras decisões deram certo.
Tantas alegrias.
E apenas uma decepção, mas das grandes.

Eu agendei a data e fui na casa dele.
Assim. Fui.
Liguei e fui.
Cara, coragem, cara de pau, emoção, alegria, euforia, amigos, companheiros, dois carros e uma enorme comitiva.

Fui.
Fui duas vezes.
Só na segunda entrei.
Entrei e falei: 24 horas, a eternidade do tempo lento, falando de mim, do nós, da importância, do amor, da falta, da solidão, da falta, da falta, do meu querer, do nós, do eu, de mim, de nós, do sentimento, do amor, das conversas, de tudo, de nós, de mim, do eu.
Foram as palavras mais lindas que eu já falei.

É o sentimento mais lindo que eu já senti.
É o homem mais improvável, dentro das minhas probabilidades e estatísticas.
Foi.

Foi a maior história.
Foi a melhor história.
Foi o amigo mais importante.
Foi a luz mais brilhante.
Foi o amante inconstante.
É.

Sai de mim com eu carregando o mim.
Assim fui embora.
Mim arrastando eu.
Eu destruída em mim.
Mim reconstruindo o eu.
Eu não contida em mim.

Sai.
Fui.

E pronto.

Ainda não pronta para outras histórias, reconstruo o eu.
Arquiteto o mim.
Revejo imagens de nós, construídas apenas pelo eu que acabou em mim.


Fui. Até a beira do penhasco e me joguei.
Queda livre.

Queda constante e apaixonante.
Nunca a paisagem esteve tão bela.
Tão verde!
Tão azul!

E toda a história muda.
E todo o foco muda.
E o fim se reescreve.
E os personagens se alteram.
E a queda é a certeza do frio na barriga, dos olhos brilhando e a história se alterando.

Graças da Deus.
Amem.

Temperando a queda.
Temperando a vida.

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