sábado, 1 de dezembro de 2012

MONUMENTAL é amor de mãe.

Aquela sexta-feira, não 13, ela anotou o endereço eletrônico do blog-diário-anuário-glossário. Pensando sobre ele e sobre o tempo que não o atualizava: deu vontade. deu coragem. E fui e mergulhar em mim e emergir.

Respirei, no retorno a pista estava cheia, milhares de pessoas no meu bairro e eu não entendia qual o motivo da confusão frenética. Liguei para aquele que parecia-me mais informado, e ele me disse que um grande e monumental prédio seria desativado. Desocupado e não mais usado. A comoção era geral, todos vestiram-se de céu e a chuva nem foi sentida. O céu estava azul. Vesti-me de azul também, falei baixinho, é pra ti tá pai.

Ele sabe que prefiro o inferno desde que gritou comigo em uma partida de futebol em um domingo de 1982, onde o céu não ficou mais azul, como eu previa e me retorci, desde esta data. Personalidade forte a dela, que é a única gaúcha bi-campeã-mundial!

Confusões a parte, fomos ao cemitério, nos Correios, buscar uma carta do Ministério Público. Mais um processo de uso capião que fizeram o bem sabe lá deus pra quem. E eu pagando aluguel ao lado do monumental desativado. Prefiro assim.

E com a tal carta do processo, inicial, citação a citada me falou de amor. Ela me disse que não entende como é possível amar tanto, que não amou a mãe ou o marido tanto quanto me ama. Que não entendia como era possível, diferente, especial e tão forte. Disse pra mim, corajosamente, quem não tem filho nunca saberá o que é o maior amor possível de ser sentido. Achei lindo, amei ser amada assim. Como se eu não soubesse? Tolinha.

Temperei meu dia com uma pitada de amor e a certeza que perdi a mão para escrever. Ela retorna, mas o monumental não.

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