O telefone tocou no meio da noite. Me assustei e atendi rápido.
Era ele, com a voz confusa, tropeçando nas palavras e com uma angustia sem igual. Eu não entendi, de primeira, o que tinha acontecido, mas era grave.
Imaginei mil fatos, todas as angustias do mundo em segundos dentro de mim. Todo o sofrimento, que ele me transmitia pela voz, estava, em segundos, dentro do meu peito. Coração apertado, distância aproximada e minha voz embargada.
Ele repetia muitas vezes para eu ir para a casa dele, que precisava de mim e tinha se queimado muito. Como assim se queimou com este frio?! Tu foi pra onde tomar sol?! Pensamentos loucos, rápidos e confusos. Suplicas alucinantes de socorro. Choro, lágrimas e uma voz acima da dor.
Fiz o pedido, fui para a casa dele. Passei em uma farmácia e peguei creme pós sol. Para aliviar todas as dores. Chegando lá vi o corpo vermelho, fervido, inchado e a dor que brotava das bolhas. Comecei a passar o creme e transmitir o amor: pernas, barriga e braços.
Ele estava deitado no meio da cama só de cuecas branca.
Acordei! Ainda bem.
Temperar a vida com te cuida, me cuida, nos cuidamos.
Só o amor te cura, me cura, nos curamos.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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