Foi o pouco sol que veio de ti que aqueceu o frio intenso.
Não há nuvens, mar ou rio, estação, distância capaz de esfriar o calor de um sentimento diferente, verdadeiro e nunca antes sentido. É a vontade louca de tatuar na pele, de gritar aos quatro ventos, de ir ainda mais longe, de mover os céus e a terra.
É o aquecimento global dentro do meu peito abaixo de zero derretendo, é a insanidade amorosa de estar tranquila, em paz e feliz. É a ansiedade de ver a história caminhar e não ter final e ter consciência de que qualquer aquele único momento foi o nosso início.
Peguei o barco e olhei para traz.
Muito estranho, tudo era apenas passado.
Não estava sozinha e isto me confortava.
Não havia ninguém e isto não me incomodava.
O destino era certo e o futuro incerto.
Do meu destino sei de você.
Do meu futuro não sei nada.
E o calor da alma.
E o frio do corpo.
E eu, por enquanto só eu.
Temperar a vida com aquecimento global de corpo e de alma.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
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