Ela nunca viu nada tão próximo e cruel.
A modelo se matou lentamente, vomitava tudo que comia.
Vomitava em sacos plásticos e pesava, assim como suas fezes, para conferir se o que comeu correspondia com o que excluiu.
Se achava feia e imperfeita. Incapaz de chegar ao seu padrão de beleza sem a destruição constante e diária da sua própria vida.
A explicação era os descontentamentos sentimentais, descontentamentos internos, projetados para o externo. Para algo possível ou visível, mas destrutível e intangível. Ela não tinha nutrientes básicos em seu corpo e era tão desnutrida quanto os pobres miseráveis africanos das ações humanitárias, embora não tão magra, sangrou sua própria carne, no rosto e o corpo, já lento, parou.
Ela Chorou.
Não quer isto.
Não assim.
Temperar a vida, mantendo o tempero.
domingo, 20 de maio de 2007
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