domingo, 9 de agosto de 2009

O Pai e a Filha


Certa vez, uma menina foi visitar o seu pai e conversando com ele, começou a se queixar da vida, dizendo que tudo estava muito ruim, difícil.
A menina estava tão abatida que sua vontade de lutar e combater não existia mais. Sem saber o que fazer, queria, na verdade, desistir de tudo.A impressão que ela tinha era a de que, assim que um problema estava resolvido, um outro surgia.
- Pai, atualmente minha vida está de cabeça para baixo, pois tudo está complicado, tudo tão difícil, nada se resolve.

Seu pai, um senhor sábio, muito tranqüilo, honestíssimo com a vida, era um cozinheiro de mão-cheia.Nesse dia, levou sua filha até a cozinha da sua casa.
Não falou nada, nem uma palavra de conforto, apenas olhando-a no fundo dos seus olhos, como quem quer dizer:- Filha, preste atenção no que estou fazendo.Ele encheu três panelas idênticas com água e colocou-as no fogão, todas em fogo alto.
Na primeira panela, colocou algumas cenouras.Na segunda, colocou ovos.Na terceira, uma concha com pó de café.
Ainda sem dizer uma palavra, logo que as três panelas começaram a borbulhar, ele apagou as bocas do fogão.A menina estava impaciente, tentando imaginar o que ele estaria fazendo.
Pegou as cenouras e colocou-as em uma tigela.Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela.Com uma concha, pegou o café e colocou em uma xícara.
O pai virou-se para a filha e perguntou:- Minha filha, o que você está vendo?
A menina atenta a tudo, respondeu:- Cenouras, ovos e café.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe:- Minha filha experimente as cenouras.
Ela obedeceu e comentou:- Pai, as cenouras estão macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um dos ovos e quebrasse.Mais uma vez, ela obedeceu e depois de retirar a casca, o tocar no ovo, verificou que o ovo tinha endurecido com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao sentir o aroma e provar aquele delicioso café.Então perguntou:- Pai o que tudo isso quer dizer?
Ele explicou:- Filha, a cenoura, o ovo e o café, todos eles enfrentaram a mesma adversidade, a água fervente, mas cada um reagiu de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara endurecido. O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
Ele perguntou:- Quando algumas adversidades batem à sua porta, como você reage? Qual deles você é, com qual deles você se identificou, filha?
Minha querida, nós somos os únicos responsáveis pelas nossas atitudes, por nossas decisões e também por nossas mudanças.Cabe a nós, somente a nós, decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais ou a nossa vida como um todo.
Filha, quando você ouvir outras pessoas reclamando da vida, assim como você estava fazendo, ofereça uma palavra positiva.Mas, lembre-se minha filha, de que você precisa acreditar nisso.Confiar que você tem capacidade suficiente para superar e transformar qualquer que seja o desafio que chega até você, assim como o café fez, quando misturado com a água fervente.

Alguns Comentários:
E você com qual deles se identificou?Com a cenoura que parecia tão forte, mas com o calor murchou, se tornou frágil?
Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, mas depois de algumas perdas ou após algumas decepções se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?
Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo ainda melhor do que ele próprio?
Sinceramente, espero que nesta semana, você aproveite todos os momentos, sejam ou não bons.Se por acaso você encontrar alguém reclamando da vida, que você consiga impactar com uma resposta positiva.
Alguém uma vez disse: "Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas".


Texto de autoria desconhecida,
com adaptação de Carlos Wendell Pozzobon

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