O amor não pode ser como o vento
que ora vai para um lado, ora vai para outro.
Ora traz a bonança, ora traz a tempestade.
O amor tem que ter o aval do coração e também da razão.
Critique-se a passividade, na qual consideramos o amor simplesmente eterno.
E não é. Pode ser para Ti, mas não para quem esta contigo.
Tu podes estar seguro, porém teu companheiro (a) não esta.
Critique-se pela tua indiferença onde Tu não percebes que o amor se renova todo dia, em palavras, em gestos, em carícias, em pequenos agrados.
Critique-se pelas tuas ausências nos beijos, para a qual desculpas inúmeras são escolhidas.
Tu podes ter vindo de um tempo (teu) em que a rotina (relacionamento) era focada na materialidade e dilapidava dia a dia um patrimônio riquíssimo em amor e paixão.
Um amor pode surgir em tua vida
e querer partir, logo quando a tua atitude esta mudando
E fazendo renascer aquele sentido da vida onde o amor é o sentimento diário.
Que ele deve ser perceptível em todos os momentos
ser demonstrado, ser bebido, ser comido, ser transado
ser acordado todas as manhãs
ser deixado sobre a mesa, na pia do banheiro
Na soleira da janela, nas dobras do lençol, no brilho do olhar.
Quando o amor fracassa todos nós somos credores.
Quando o amor cresce todos nós somos investidores.
Não acredito que as pessoas mudam.
Elas criam sim, uma mudança de atitude.
Continuam com sua personalidade, seus defeitos e virtudes.
Mas podem alterar o foco de seus interesses
podem aumentar seu amor, repor ele onde estava carente.
Podem olhar para trás e ver onde erraram e consertar o presente.
Nós temos duas maneiras de mudar
Através do amor e através da dor.
Em todas as duas nos tornamos vulneráveis, no primeiro momento.
Por isso um amor verdadeiro tem que ser de coração
mas tem que ter o aval da razão.
Uma mudança, pelo amor, pode ocorrer.
Pela dor, nem tanto.
A dor esconde um sentimento de falsidade, fraqueza
vingança e perda da esperança.
Eu não quero mudar pela dor.
Ela nos deixa um gosto amargo, machuca-nos
nos torna em muitos momentos cegos e sem rumo.
Dentro dela temos a ausência e ela é sentida
não como uma saudade, mas como uma morte.
Uma ausência sem volta, sem esperança
sem futuro, no qual o passado é escondido num pigarro na garganta
numa mudança de assunto, num sexo vazio, numa lágrima escondida.
Eu quero mudar pelo amor.
Um amor presente. Que nos permitisse olhar o tempo que voa, juntos.
Poderíamos transformar nosso amor em um único amo
e viver sempre dependente um do outro.
E olhar o tempo passar e nos curtirmos
amarmos, lançar aquele olho no olho, boca na boca
Os beijos da manhã, do meio dia, da noite, do chuveiro
da calçada, da beira-mar, embaixo do cobertor
encima do molhe de frente para o mar.
Para viver eu como
eu bebo
eu respiro
EU TE AMO..
sexta-feira, 28 de maio de 2010
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